Qual a sua responsabilidade naquilo que você se queixa?

Pessoas reclamam da vida desorganizada, das escolhas erradas, dos seus sofrimentos, e geralmente acabam colocando a culpa em alguém ou alguma coisa. Mas qual a sua responsabilidade nas coisas que acontecem com você? Vamos refletir um pouco sobre suas escolhas?

É cômodo, fácil, e quase que automático, colocar a culpa nos outros em vez de admitir algum erro. E o erro pode ser mesmo nosso, ué! Mas alguma coisa acontece e “ah, foi por causa disso que eu agi assim ou assado”. As pessoas tendem a procurar alguma desculpa para se justificar.

E eu me pergunto o quanto nós não somos ensinados a fazer desse jeito desde crianças, a se eximir da nossa própria responsabilidade. Vou ilustrar uma cena: meu filho, aos 2 anos de idade, na casa da tia. Ele corre atrás da prima, tropeça num degrau e machuca o pé. A tia prontamente o acolhe com todo amor do mundo, e quando me dou conta a vejo brigando com o chão – “chão feio, ai ai ai, machucou o neném” – como se a culpa fosse do chão, no caso, do degrau no caminho. O degrau é um objeto inanimado, não devemos levar em conta que meu filho passou correndo, brincando, exaltado, não prestando atenção onde pisava?

Voltando ao ponto… antes de sair apontando os culpados, vamos olhar para a nossa parcela de responsabilidade nos nossos resultados. O que eu faço para que as coisas se deem dessa forma? Se eu estivesse prestando atenção por onde ando (sem acrescentar qualquer condição adversa), eu teria tropeçado? 

Em vez de culpar o chefe, a família, o tempo, o namorado(a), ou o que quer que seja, assumir a RESPONSABILIDADE nas situações inclui ser honesto consigo mesmo, inclui enxergar meus erros e acertos, meus defeitos e qualidades, minhas falhas, minhas sombras. E além de não ser fácil, isso ainda me exige MATURIDADE e AUTOCOMPAIXÃO, até mesmo para admitir que isso que eu estou escolhendo fazer pode não ser a melhor opção pra mim racionalmente falando, mas é o que é possível para mim neste momento. É o que eu dou conta de bancar agora. E eu preciso estar consciente disso pra não ficar me vitimizando ou culpando o mundo por tudo. É… dá trabalho ser autoconsciente, ter uma crise existencial de vez em quando… Haja terapia…

Precisamos de maturidade e autorresponsabilidade para analisar o contexto com clareza, entender nossos sentimentos e agir conscientemente, ou então ficamos apenas reagindo sem pensar, no piloto automático. Só que faz parte do crescimento, entender que as nossas escolhas e atitudes cabem a nós mesmos, e que qualquer mudança começa em nós, quando nos faz sentido. 

Não vou romantizar o processo, mudar não é fácil, mas é necessário para eliminar aquilo que já não nos faz mais bem. Vamos juntos?

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